sexta-feira, 29 de julho de 2011
Balé mortal
(Cesar Baima - O Globo) Astrônomos do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian descobriram um par de estrelas anãs brancas executando um balé mortal que em menos de 1 milhão de anos (um piscar de olhos em termos astronômicos) deverá resultar em uma fusão seguida da explosão do astro resultante em uma supernova. As anãs brancas são estrelas parecidas com o Sol que já estão na fase final da sua vida, tendo queimado boa parte de seu combustível. Neste sistema binário, no entanto, o par está tão próximo que elas completam uma órbita em torno da outra em apenas 13 minutos, a uma impressionante velocidade de 600 quilômetros por segundo. A mais brilhante delas tem cerca de um quarto da massa do Sol compactada em uma bola do tamanho de Netuno, enquanto a outra tem mais da metade da massa do Sol espremida para ficar do tamanho da Terra. A atração gravitacional mútua é tão grande que a esfera da estrela mais leve é deformada em cerca de 3%. Se isso acontecesse com a Terra, nossas marés ultrapassariam os 350 quilômetros de altura. Os cientistas esperam que o acompanhamento desta espiral fatal não só leve a um espetáculo de fogos a ser observado por futuros astrônomos como também ajude, desde já, a comprovar mais uma previsão da Teoria da Relatividade de Einstein, segundo a qual objetos maciços em movimento provocam "ondas gravitacionais".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário