segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Instrumentos espaciais podem estar perdendo explosões estelares


(MSN / Hypescience) Um estudo sugere que os cientistas estão perdendo algumas das mais brilhantes explosões estelares na galáxia. Pesquisadores detectaram, por meio de observações de um satélite, quatro explosões estelares, ou “novas”, não tão brilhantes ou dramáticas como as supernovas.

Os pesquisadores conseguiram observá-las através de um instrumento concebido para detectar perturbações no vento solar, que também detecta explosões de estrelas.

Novas ocorrem quando estrelas pequenas e extremamente densas, chamadas anãs brancas, sugam o gás de uma estrela companheira, ateando uma explosão termonuclear. Ao contrário de supernovas, novas não resultam na destruição de suas estrelas. Estrelas podem ser novas repetidamente.

O instrumento detectou quatro novas, incluindo uma “repetida”, chamada RS Ophiuchi, que se encontra cerca de 5.000 anos-luz de distância na constelação de Ophiuchus. Segundo os pesquisadores, a RS Ophiuchi pode morrer em uma supernova brilhante em um dos eventos mais dramáticos do universo.

Outros astrônomos já haviam descoberto as quatro novas antes, mas duas delas escaparam à detecção até terem atingido um pico de luminosidade. Este fato sugere que muitas outras explosões estelares, até mesmo incrivelmente brilhantes, podem estar passando despercebidas.

Até agora, a pesquisa tem mostrado que algumas novas brilhantes, que poderiam ser facilmente detectadas a olho nu por qualquer um que olhe na direção certa na hora certa, são perdidas pelos cientistas, mesmo com os sofisticados observatórios profissionais atuais.

Com as observações, os cientistas foram capazes de seguir as explosões em detalhes ao longo do tempo, inclusive antes das novas atingirem seu brilho máximo.

Dessa forma, os astrônomos estão reunindo informações importantes sobre o “nascimento” das novas, que revela muita coisa sobre como elas iniciam e evoluem.

As observações revelaram, por exemplo, que três das quatro explosões vacilaram muito antes de recuperarem a força e prosseguirem. Essa “parada pré-máxima” tinha sido teorizada antes, mas as evidências de sua existência eram inconclusivas.

Segundo os pesquisadores, como esse instrumento realiza um levantamento de todo o céu a cada 102 minutos, pode ajudar os astrônomos a compreenderem uma grande variedade de objetos e fenômenos transientes. Esse trabalho mostrou a importância de pesquisas vastas como essa, que podem conter a chave para uma melhor compreensão de objetos variáveis.

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