Diagrama de emissão de energia de um pulsar. Igual a um farol na praia, à medida que a estrela gira o feixe de energia é dirigido para diferentes partes do espaço. Crédito: Nasa/Rob Gutro/Goddard Space Flight Center.
"Apesar do LAT ser um detector de raios gama de última geração, ele também é uma ferramenta fabulosa na investigação dos elétrons de alta-energia dos raios cósmicos", disse Alexander Moiseev, ligado ao Centro de Vôos Espaciais Goddard, da Nasa.
Os raios cósmicos são elétrons, pósitrons e núcleos atômicos que se movimentam quase à velocidade da luz e que segundo os pesquisadores têm origens em locais exóticos dentro da nossa galáxia, especialmente nos destroços estelares.
Ao contrário dos raios gama, os raios cósmicos são desviados pelos campos magnéticos encontrados no espaço, fazendo com que o caminho dessas partículas não siga um padrão retilíneo. Segundo Moiseev, os sinais captados mostram um número muito maior de partículas com energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt.
No entender do cientista Luca Baldini, membro da equipe de Moiseev, se as partículas detectadas tivessem partido de objetos muito distantes, sua energia seria muito menor, mas o excesso de partículas altamente carregadas indica que a fonte está muito próxima. Baldini explica que caso exista mesmo essa fonte emitindo elétrons e pósitrons sobre nós, sem dúvida é um pulsar.
Pulsar
Estrelas de nêutrons são um dos vários estágios finais da vida de uma estrela. Elas são criadas quando estrelas com massa superior a oito vezes a do Sol esgotam sua energia nuclear e passam por uma violenta explosão, chamada supernova.
Um pulsar é uma estrela de nêutrons que gira muito rapidamente. Durante sua rotação, um feixe de energia que é emitido continuamente atinge a Terra e pode ser detectado em diversos comprimentos de onda, desde a luz visível, ondas de rádio, raios-x e raios-gama.
O período dos feixes emitidos pelos pulsares varia entre 1.4 milissegundo até 8.5 segundos e são tão precisos quanto os relógios atômicos.
O feixe de energia emitido é conseqüência direta do intenso campo magnético e do movimento rápido da estrela. O feixe de partículas altamente carregadas é expulso do pólo magnético da estrela próximo à velocidade da Luz e à medida que a estrela gira pode ser detectado na Terra ou pelos telescópios espaciais.
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