quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Supernovas confirmam fonte de Raios Cósmicos


(Engenharia & Astronomia) Imagens recentes de uma galáxia ativa oferecem uma nova confirmação para a ideia de que supernovas são as criadoras de partículas surpreendentemente energéticas chamadas de raios cósmicos.

Raios cósmicos são prótons que viajam pelo espaço em velocidades próximas à da luz. Eles se originam de lugares afastados do sistema solar, mas quando alguns passam pela atmosfera da Terra, eles carregam tal energia que eles podem derrubar sistemas eletrônicos. Cientistas não tinham certeza do processo que acelera partículas à tais velocidades, embora evidência sugira que esses prótons são originados durante a morte de uma estrela.

Quando uma estrela massiva morre, ela implode em um buraco negro enquanto ejeta suas camadas externas em uma poderosa explosão chamada Supernova. Cientistas acreditam que um pouco da energia liberada durante a explosão age como um acelerador, enviando partículas à velocidades extremamente rápidas e criando os raios cósmicos.

Uma nova prova desta ideia veio de observações recentes da Galáxia do Charuto (Messier 82) pela rede de telescópios de raios gama VERITAS em Amado no Arizona. Esta galáxia está localizada a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra na direção da constelação de Ursa Maior. É uma galáxia starburst, significando que ela tem níveis incrivelmente altos de formação estelar.

Com tantas estrelas formando em M82, também há números altos de estrelas massivas e supernovas, tornando a galáxia o local perfeito para testar a explicação dos raios cósmicos. Se as supernovas são responsáveis pelos raios cósmicos, dizem os cientistas, então um lugar com maior número de supernovas também terá concentrações mais altas das partículas energéticas.

De fato, pesquisadores descobriram que a densidade de raios cósmicos na M82 é 500 vezes maior que a da Via Láctea, confirmando a hipótese.

“Esta descoberta providencia uma visão fundamental nas origens dos raios cósmicos,” disse Rene Ong, um professor de Física na Universidade da Califórnia, e o porta-voz da colaboração do VERITAS.

Embora o telescópio não possa fotografar raios cósmicos diretamente na galáxia distante, os pesquisadores procuraram por raios gama, uma forma muito energética de luz produzida quando raios cósmicos interagem com gás e radiação da galáxia. Eles usaram esta medida para extrapolar o número de raios cósmicos que estão dentro de M82.

As descobertas foram detalhadas na edição online do dia 1 de Novembro do jornal Nature.

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