
(Cassio Leandro Dal Ri Barbosa - G1) Há anos os astrônomos sabem que um buraco negro supermassivo cresce em paralelo à evolução da sua galáxia hospedeira. Conforme a matéria cai em uma espiral em direção ao buraco negro central, uma boa parte é literalmente assoprada de volta com a ação de ventos poderosos. A grande questão até agora era: essa matéria devolvida à galáxia poderia alterá-la de alguma maneira?
Até agora, apenas os buracos negros supermassivos encontrados nas galáxias gigantes no centro de grandes aglomerados se mostravam capazes de mudar a forma da galáxia através de jatos intensos. Só que casos como esses são raros, poucos buracos negros teriam esse poder todo e, por consequência, poucas galáxias seriam deformadas a partir de dentro.
Mas e o caso de buracos negros de uma classe mais modesta de massa, mais comuns no universo? Será que o vento ou o jato emitido do buraco negro teria energia suficiente para também deformar suas galáxias hospedeiras? Se isso for verdade, a classe de galáxias “autodeformadas” seria muito maior. Mas será mesmo?
Dan Evans e seus colegas do MIT mostraram em uma palestra esta semana no Havaí que sim! A ideia foi comprovada com a observação de NGC 1068, uma das galáxias mais próximas e brilhantes que tem um buraco negro em processo rápido de crescimento. Mesmo tão próximo (uns 50 milhões de anos-luz), foram necessários 5 dias e 2 horas de observação com o Chandra, um telescópio espacial de raios X. No centro dessa galáxia existe um buraco negro com o dobro da massa do buraco negro central da nossa galáxia, que pode ser considerado de tamanho bem comum.
As imagens em raios X mostram um vento intenso originado no centro da galáxia com velocidade de 1 milhão e meio de quilômetros por hora. Provavelmente, o vento é criado conforme o gás é acelerado e aquecido quando espirala em direção ao buraco negro. Uma parte do gás cai no buraco, mas outra parte escapa como vento.
As imagens do Chandra são profundas o suficiente para mostrar que esse gás ultrarrápido tem energia suficiente para carregar matéria equivalente a várias estrelas como o Sol a uma distância de 3.000 anos-luz do centro. Tanta massa assim, a uma velocidade tão alta, interrompe a formação de estrelas e muda completamente o aspecto da galáxia. Isso é mostrado em parte por esta imagem, que combina raios X (Chandra), rádio (VLA) e óptico (Hubble): o tal jato de 1 milhão e meio de km/h está bem destacado no centro, como um lança chamas.
Se esse buraco negro é bem parecido com o buraco negro da Via-Láctea e causa esse estrago todo, isso também poderia ocorrer na nossa galáxia? Sim, poderia, é questão “apenas” de alimentá-lo. A boa notícia é que não há sinais de que ele esteja se banqueteando.
Até agora, apenas os buracos negros supermassivos encontrados nas galáxias gigantes no centro de grandes aglomerados se mostravam capazes de mudar a forma da galáxia através de jatos intensos. Só que casos como esses são raros, poucos buracos negros teriam esse poder todo e, por consequência, poucas galáxias seriam deformadas a partir de dentro.
Mas e o caso de buracos negros de uma classe mais modesta de massa, mais comuns no universo? Será que o vento ou o jato emitido do buraco negro teria energia suficiente para também deformar suas galáxias hospedeiras? Se isso for verdade, a classe de galáxias “autodeformadas” seria muito maior. Mas será mesmo?
Dan Evans e seus colegas do MIT mostraram em uma palestra esta semana no Havaí que sim! A ideia foi comprovada com a observação de NGC 1068, uma das galáxias mais próximas e brilhantes que tem um buraco negro em processo rápido de crescimento. Mesmo tão próximo (uns 50 milhões de anos-luz), foram necessários 5 dias e 2 horas de observação com o Chandra, um telescópio espacial de raios X. No centro dessa galáxia existe um buraco negro com o dobro da massa do buraco negro central da nossa galáxia, que pode ser considerado de tamanho bem comum.
As imagens em raios X mostram um vento intenso originado no centro da galáxia com velocidade de 1 milhão e meio de quilômetros por hora. Provavelmente, o vento é criado conforme o gás é acelerado e aquecido quando espirala em direção ao buraco negro. Uma parte do gás cai no buraco, mas outra parte escapa como vento.
As imagens do Chandra são profundas o suficiente para mostrar que esse gás ultrarrápido tem energia suficiente para carregar matéria equivalente a várias estrelas como o Sol a uma distância de 3.000 anos-luz do centro. Tanta massa assim, a uma velocidade tão alta, interrompe a formação de estrelas e muda completamente o aspecto da galáxia. Isso é mostrado em parte por esta imagem, que combina raios X (Chandra), rádio (VLA) e óptico (Hubble): o tal jato de 1 milhão e meio de km/h está bem destacado no centro, como um lança chamas.
Se esse buraco negro é bem parecido com o buraco negro da Via-Láctea e causa esse estrago todo, isso também poderia ocorrer na nossa galáxia? Sim, poderia, é questão “apenas” de alimentá-lo. A boa notícia é que não há sinais de que ele esteja se banqueteando.
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