sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nasa detalha origem das explosões mais energéticas do universo


(O Globo) Uma nova simulação feita com um supercomputador mostra que a colisão de duas estrelas de nêutrons pode produzir naturalmente a estrutura magnética que, acredita-se, produz jatos de partículas associadas a raios gama, os eventos mais brilhantes conhecidos. O estudo, divulgado pela Nasa, proporciona a visão mais detalhada das forças que direcionam algumas das explosões mais energéticas do universo. Sua matéria atinge densidades que não podem ser reproduzidas na Terra.

A simulação levou cerca de sete semana no Instituto Albert Einstein, em Potsdam, na Alemanha. E traça eventos que podem ser vistos por cerca de 35 milissegundos - aproximadamente três vezes mais rápido do que o piscar dos olhos.

- Pela primeira vez, conseguimos executar a simulação para além da formação e da colisão do buraco negro -disse Chryssa Kouveliotou, coautora do estudo no Marshall Space Flight Center, da Nasa, em Huntsville, Alabama, Estados Unidos. - Esta é, de longe, a simulação mais longa deste processo, e apenas numa escala de tempo suficientemente longa, o campo magnético cresce e se reorganiza, transformando-se em algo semelhante a um jato, a partir de uma estrutura caótica.

Rajadas curtas de raios gama mais longas que dois segundos são os tipos mais comuns e são amplamente conhecidas por ser desencadeada pelo colapso de uma estrela massiva em um buraco negro. Como a matéria cai em direção ao buraco negro, algumas formam jatos na direção oposta que se movem próximo à velocidade da luz. Estes jatos furam a estrela em colapso ao longo do seu eixo de rotação e produzem uma explosão de raios gama após eles emergirem.

- Só agora podemos mostrar que a fusão de estrelas de nêutrons realmente produz um campo magnético ultraforte estruturado como os jatos necessários para uma rajada curta - disse o coautor da experiência Bruno Giacomazzo, da Universidade de Maryland.

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Simulação em vídeo aqui
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