terça-feira, 5 de abril de 2011

WISE Revela Um Tesouro de Belezas na Região da Estrela Rho Ophiuchi


(WISE / Cienctec) Uma rica coleção de objetos astronômicos coloridos é revelada nessa pitoresca imagem do complexo de nuvens da estrela Rho Ophiuchi feita pelo Wide-field Infrared Explorer, ou WISE da NASA. A nuvem da Rho Ophiuchi é encontrada nascendo acima do plano da Via Láctea no céu noturno na divisa entre as constelações de Ophiuchus e Scorpius. Essa é uma das regiões de formação de estrelas mais próxima da Terra, permitindo assim que ela seja estudada em maiores detalhes do que regiões similares porém mais distantes como a Nebulosa de Orion.

A maravilhosa variedade de diferentes cores vistas nessa imagem representa diferentes comprimentos de onda da luz infravermelha. A nebulosa branca brilhante no centro da imagem está brilhando devido ao aquecimento provocado pelas estrelas próximas, resultando no que é chamado de nebulosa de emissão. O mesmo é verdade para a maior parte do gás de múltiplas tonalidades que prevalece em toda a imagem, incluindo a feição em forma de arco azulada na parte inferior direita da imagem. A área vermelha brilhante na parte inferior direita é da luz proveniente da estrela no centro, a Sigma Scorpii, que é refletida pela poeira ao redor criando o que se chama de uma nebulosa de reflexão. E as áreas mais escuras que se dispersam através da imagem são pedaços de gás frio e denso que bloqueia a luz de fundo, resultando na chamada nebulosa de absorção, ou nebulosa escura. Os detectores de comprimentos de onda mais longos do WISE normalmente conseguem ver através das nebulosas de absorção, porém nesse caso essas nuvens são excepcionalmente opacas.

Os objetos rosa brilhantes a esquerda do centro são objetos estelares jovens (YSOs). Essas estrelas bebês estão se formando agora, muitas delas ainda estão encapsuladas em sua própria nebulosa compacta. Na luz visível esses YSOs são completamente invisíveis na nebulosa de absorção que os rodeia, o que as vezes é referido como cobertor de bebê. Nós também podemos ver algumas das estrelas mais velhas da nossa Via Láctea nessa imagem, encontradas em dois separados, e muito mais distantes, aglomerados globulares. O primeiro aglomerado, o M80 está localizado na borda direita da imagem. O segundo é o NGC 6144 ele é encontrado perto da borda inferior da imagem. Ambos parecem como pequenos e compactos grupos de estrelas azuis. Os aglomerados globulares como esses normalmente abrigam algumas das mais antigas estrelas conhecidas com 13 bilhões de anos, nascidas pouco depois do universo ter sido formado.

Existem ainda dois outros itens de interesse na imagem. Na posição de 3 horas, com relação à porção central e aproximadamente a dois terços do caminho do centro até a borda existe um pequeno ponto vermelho apagado. Esse ponto é na verdade uma galáxia inteira, distante e conhecida como PGC 090239. E, na parte inferior esquerda da imagem, existem duas linhas emergindo da borda. Elas não foram criadas por satélites no primeiro plano, eles são pontos de difração (artefatos ópticos do telescópio espacial) da brilhante estrela Antares que está somente um pouco afastada desse campo de visão.

As cores usadas nessa imagem representam comprimentos de onda específicos da luz infravermelha. Azul e ciano (verde-azulado) representa a luz emitida no comprimento de onda entre 3.4 e 4.6 mícron, que é predominantemente emitida pelas estrela. As cores verde e vermelha representam a luz de 12 e 22 mícron respectivamente que são na sua maioria emitidas pela poeira.
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