quinta-feira, 5 de maio de 2011
A Lagoa e os pedaços de cometa
(Cássio Leandro Dal Ri Barbosa - G1) A Nebulosa da Lagoa – também conhecida como M8 – é uma campeã de audiência entre os alvos preferidos de astrônomos, amadores ou não. Alvo fácil de binóculos e pequenos telescópios, a Nebulosa da Lagoa foi fotografada pelo Gemini, um dos maiores e melhores telescópios do mundo.
Tanta atenção tem motivo. A M8 é uma das atrações celestes mais bonitas do céu noturno. Pode ser observada facilmente tanto do hemisfério sul, quanto do hemisfério norte, sempre na direção da constelação de Sagitário.
Beleza é fundamental, mas não é tudo. A Nebulosa da Lagoa é na verdade um berçário de estrelas massivas, que ao nascerem promovem uma verdadeira bagunça ao seu redor. A emissão de fortes ventos e a intensa radiação ultravioleta dessas estrelas trazem o caos na mistura de gás e poeira que compõe a região.
Ao se formarem, as estrelas com mais massa acabam agitando e comprimindo o gás ao seu redor de modo a formar outras gerações de estrelas (com menos massa) em um primeiro momento.
Numa segunda etapa, a primeira geração de estrelas acaba interrompendo a “produção”. Estudar a interação da primeira geração de estrelas com o material da nebulosa e com as gerações subsequentes de estrelas é o objetivo desta imagem em especial.
Ela foi obtida com o telescópio Gemini Sul, localizado no Chile, e tem um código de cores para evidenciar emissão de hidrogênio e enxofre do gás. As estrelas de baixa massa estão ainda imersas nas pontas dos pilares que podem ser vistos no meio da imagem. Esses pilares são o resultado da ação dos ventos das estrelas com mais massa, esculpindo o material da nebulosa.
(...)
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