terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Astrônomos de olho em supernovas do passado e do futuro

Hubble acompanha explosão detectada há 25 anos e evolução de estrela agonizante



(O Globo) Há pouco mais de 25 anos, em 23 de fevereiro de 1987, uma nova estrela no céu chamou a atenção de astrônomos de todo o mundo. Era a supernova 1987A, a mais brilhante em quase 400 anos de observações astronômicas. Localizada a 160 mil anos-luz da Terra, ela também foi a primeira que pôde ser acompanhada de perto pelos poderosos instrumentos modernos.

Um destes instrumentos foi o telescópio espacial Hubble, que entre 1994 e 2009 acompanhou a dispersão dos restos da estrela destruída rumo a um anel de material de um ano-luz de diâmetro anteriormente expelido por ela. Unidas no vídeo acima, as imagens do Hubble mostram como a onda de choque da explosão, movendo-se a velocidades próximas de 60 milhões de quilômetros por hora, aqueceu e fez brilhar este material, fornecendo novas pistas sobre a dinâmica destes eventos, entre os mais energéticos do Universo.

Enquanto isso, os astrônomos também estão usando o Hubble e outros observatórios no espaço e em terra para monitorar outra estrela agonizante que deve explodir em uma supernova em breve em termos astronômicos, isto é, algo entre amanhã e daqui a 1 milhão de anos. A 7,5 mil anos-luz de distância, a estrela, batizada Eta Carinae, já teve uma grande ejeção de material que fez com que fosse uma das mais brilhantes do céu em 1843, gradualmente perdendo intensidade até ficar invisível a olho nu em 1868.

Estudos recentes conseguiram identificar os ecos desta primeira explosão, o que permitiu que os cientistas calculassem quanto material a Eta Carinae perdeu nela, aumentando a compreensão da evolução destes astros. A expectativa é de que quando a estrela finalmente se tornar uma supernova, ela provoque o mesmo tipo a fenômeno como o visto no anel em torno da 1987A.
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Matéria com vídeo aqui
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