sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Sistema estelar que 'pisca' a cada 93 dias é visto por telescópio da Nasa

Disco de gás e poeira forma 'bambolê' em volta de duas estrelas jovens. Outro astro faz parte do sistema, que poderá originar planetas no futuro.


(G1) Um sistema de estrelas jovens que "pisca" a cada 93 dias foi detectado em luz infravermelha pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa. O sistema, chamado de 16A YLW e localizado na constelação de Serpentário, provavelmente contém três astros em desenvolvimento, dos quais dois são cercados por um enorme disco de gás e poeira quente – material resultante do processo de formação estelar.

Esse disco "prende" as duas estrelas como se fosse um bambolê. Como os astros giram em torno de si, periodicamente saem para fora do arco, fazendo com que o sistema pareça "piscar" a cada três meses, alternando fases de brilho intenso ou mais fraco.

Na imagem acima, feita por um artista com base nos dados do Spitzer, é possível ver o disco desalinhado em relação às estrelas, o que provavelmente ocorre por uma perturbação gravitacional do terceiro astro, que orbita na periferia do sistema.

Os astrônomos acreditam que esse disco de poeira poderá, no futuro, dar origem a planetas e outros corpos celestes que compõe o Sistema Solar.

O YLW 16A é o quarto exemplo já descrito de um sistema estelar que "pisca" dessa maneira, e o segundo nessa mesma região de formação estelar, conhecida como Rho Ophiuchus. Por isso, segundo os astrônomos, esse tipo de sistema pode ser mais comum do que se pensava.

Sistemas assim também podem ajudar os cientistas a estudar como planetas se formam nesses ambientes. Em sistemas binários de estrelas, os planetas orbitam um ou dois astros. O famoso planeta ficcional Tatooine, da série "Guerra nas estrelas", por exemplo, orbitava os dois astros – daí seu pôr do sol duplo. Esses corpos são chamados de circumbinários.

Além das informações fornecidas pelo telescópio espacial da Nasa, os cientistas usaram dados obtidos pelo projeto 2MASS, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), e por um instrumento do Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), instalado no norte do Chile.
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