terça-feira, 3 de junho de 2014

As supernovas


(Dermeval Carneiro - O Povo) O céu estrelado sempre fascinou os homens de todas as raças, credos e épocas. Os “tranquilos pontinhos” luminosos que vemos no céu noturno inspiraram os povos de todas as civilizações, sendo palco para criação de mitos e lendas.

Mas esses “pontinhos” não são tão “tranquilos” assim. Na verdade, são gigantescas esferas de plasma (gás eletrizado) em atividade. Durante suas vidas ,ocorrem violentos fenômenos termonucleares em seus núcleos.

Tal como nós e todas as outras formas de vida aqui na Terra - seja vegetal, animal ou mineral -, as estrelas nascem, crescem, vivem e morrem. Todas as estrelas que vemos no céu, um dia foram formadas, evoluem e depois desaparecem. Inúmeras estrelas já morreram e uma infinidade de outras vão surgir. O universo é dinâmico, nada nele existe para sempre.

Supernova é a forma mais violenta da morte de uma estrela. Ela se dá por explosão. Portanto, supernova não é uma estrela como muitas pessoas pensam.

Até os dias atuais, foram feitos três registros de supernovas em nossa galáxia: a SN1054 (Nebulosa do caranguejo – observada pelos chineses no ano de 1054), a SN1572 (observada por Tycho Brahe) e a SN1604 (observada por Johannes Kepler). O termo SN significa supernova e o número seguinte representa o ano em que foi observada. A supernova mais recente e próxima da Terra é a SN1987, ocorrida na Grande Nuvem de Magalhães (galáxia satélite da Via Láctea).

Estrelas com massas muitas vezes maiores do que a do Sol na sua fase estável têm como destino terminar suas vidas em explosões maciças chamadas de supernovas. É a destruição completa de uma estrela, um fenômeno de tamanho galáctico que pode ser visto a enormes distâncias. No início do processo, o brilho da estrela pode aumentar até um bilhão de vezes em apenas alguns dias, ficando tão brilhante quanto uma galáxia. Com o passar do tempo, o brilho e a temperatura diminuem bastante. A explosão de uma supernova chega a lançar ao espaço interestelar até 90% da matéria estelar. A estrela residual, com massa 1,5 vezes a massa do Sol, passa por processos em que os elétrons se chocam com os prótons originando nêutrons. A estrela fica cada vez mais compacta, com cerca de 15 km de diâmetro e super densa, transformando-se numa estrela de nêutrons ou num pulsar.

As estrelas nascem no interior de gigantescas nuvens moleculares, muito densas e frias, espalhadas pelo universo. Essas nuvens de gás e poeira foram originadas pelas primeiras estrelas formadas logo após o Big Bang, que, ao explodirem em supernovas, lançaram ao espaço interestelar os elementos químicos mais pesados forjados nas reações nucleares dos seus núcleos. Esses elementos químicos vieram a ser a matéria-prima para a próxima geração de estrelas, como o Sol por exemplo.

As estrelas são verdadeiras unidades geradoras de toda a matéria-prima que conhecemos e também da vida – afinal, toda a vida na Terra e em outras partes do universo foi gerada pelas estrelas. A matéria-prima dos compostos da vida - o carbono -, foi e continua sendo gerado no interior das estrelas.

As estrelas são verdadeiras unidades geradoras de toda a matéria-prima que conhecemos e também da vida

Tempo

Vida das estrelas
O tempo de vida das estrelas é bem longo quando comparado com a escala de tempo que usamos na Terra. O Sol, por exemplo, já vive há 5 bilhões de anos e ainda tem mais outros 5 bilhões para viver. Atualmente é considerado uma estrela estável.

Existem estrelas com ciclos de vida muito maiores do que o Sol e outras com ciclos menores. As maiores e mais massivas têm ciclos de vida menores, da ordem de milhões de anos, porque consomem seu combustível nuclear de forma mais rápida. Já as estrelas menores têm reações nucleares mais fracas, tendo vida estimadas em bilhões de anos.

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