sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Nasa registra o pulsar mais brilhante já detectado no universo

Luz chegou a ser confundida com buraco negro e possível "elo perdido"


(O Globo) Astrônomos descobriram um pulsar vindo de uma estrela morta radiante com a energia de cerca de 10 milhões de sóis. Trata-se do pulsar mais brilhante - um remanescente estrelar denso que sobrou de uma explosão de supernova - já registrado. A descoberta foi feita pelo o telescópio espectroscópico nuclear matriz da Nasa, ou NuSTAR.

- Você pode pensar neste pulsar como o "Mighty Mouse" dos restos estelares - disse Fiona Harrison, investigadora principal da NuSTAR, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. - Ele tem todo o poder de um buraco negro, mas com muito menos massa.

A luz remanescente de uma estrela colapsada brilha tão intensamente que foi inicialmente confundido com um enorme buraco negro, um possível "elo perdido" entre compactos buracos negros de massa estelar e os monstros invisíveis à espreita nos núcleos de muitas galáxias.

A descoberta vai ajudar os astrônomos a entenderem melhor as misteriosas fontes de raios-X ofuscantes, chamadas de fontes de raios-X ultraluminosas (ULXs). Até agora, todos os ULXs foram interpretados como buracos negros. Os novos dados do NuSTAR mostram pelo menos um ULX, a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância, na galáxia Messier 82 (M82), que é, na verdade, um pulsar.

- O pulsar parece estar se alimentando do equivalente a uma dieta de buraco negro - disse Harrison. - Esse resultado nos ajudará a entender como os buracos negros devoram e crescem tão rapidamente, o que é um evento importante na formação de galáxias e estruturas do universo.
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