sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Explosão rara pode ter criado o buraco negro mais jovem da galáxia



(Nasa/Forbes/Hypescience) Novas análises do remanescente de uma supernova, chamado de W49B, mostram que o mais jovem buraco negro formado na Via Láctea pode estar escondido por lá. Pesquisadores acreditam que o remanescente surgiu de uma explosão rara.

As explosões de supernova que destroem estrelas massivas geralmente são simétricas, com o material estelar sendo expelido de maneira mais ou menos igual em todas as direções. Contudo, no caso de W49B, a matéria da estrela foi ejetada a velocidades mais elevadas ao longo dos pólos do que do equador, o que originou sua forma alongada e elíptica.

Na maioria das vezes, estrelas massivas que explodem em supernovas originam um denso núcleo em rotação chamado de estrela de nêutrons. Essas estrelas podem ser detectadas a partir de raio-X ou pulsos de rádio. Uma nova análise dos dados do Observatório de Raios-X Chandra, da Nasa, não revelou evidências de uma estrela de nêutrons. Isso implica a existência de outro material que pode ter se formado na explosão, como um buraco negro.

A imagem de W49B acima combina dados de raios-X obtidos pelo Observatório de Raios-X Chandra (em azul e verde), dados de ondas de rádio do Very Large Array do NSF (em rosa) e dados infravermelhos do Observatório Palomar do Caltech (em amarelo).

O resquício de supernova tem aproximadamente mil anos de idade visto da Terra (ou seja, não incluindo o tempo de viagem da luz). É praticamente um “bebê”, num universo que se pensa ter 14 bilhões de anos. W48B se encontra relativamente próximo de nosso planeta, a uma distância de cerca de 26 mil anos-luz.

Outro resquício de super nova conhecido em nossa galáxia é o SS433. Acredita-se que o resquício contém um buraco negro, mas muito mais velho que o W49B, com idade entre 17 mil e 21 mil anos. Tanto a ausência de um núcleo estelar em rotação, como o material em torno do corpo celeste, podem indicar a presença de buracos negros.
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